terça-feira, 19 de maio de 2009

AS POESIAS DAS QUATRO ESTAÇÕES





As poesias falam de sentimento e penetram fundo nos corações humanos como a “Excalibur” na pedra. Só que a “Excalibur” fincada na pedra para nada serve. É preciso que um Rei Arthur recém-saído da adolescência em sua inocência a extraia da pedra como se sabão a pedra fosse.
O poeta é um Rei Arthur e a sua poesia a “Távola Redonda”.
Neste livro viajei nos sentimentos que permeiam as quatro estações do ano procurando responder ao enigma da Esfinge: “Que animal de manhã anda com quatro patas, de tarde anda com duas patas e à noite com três patas?”
A inquietude do labor poético levou-me a estender o enigma. Criei uma quarta situação: Que animal de manhã anda com quatro patas, de tarde com duas, à noite com três e à meia noite volta a ter as quatro patas, mas estas para nada mais lhe servem?
Tento responder ao meu próprio enigma através das poesias para cada estação.
A primeira, a primavera, o nascimento das flores e da esperança no coração dos homens.
A segunda, o Verão, com o seu calor e sua paixão pela vida. O rei sol reina e convida todos os seres para os atos procriadores.
A terceira, o Outono, o envelhecimento das folhas, o ressecamento dos galhos, as doenças, as dores da vida e os arrependimentos dos amores perdidos. Também é o tempo da quietude e do recolhimento. Bem-aventurados sejam os que colheram o amor na primavera, desfrutaram do seu sabor no verão e agora se deleitam com a saciedade e a proximidade do amor conservado.
E por último vem o Inverno: O frio das almas, a hibernação dos corpos e das emoções. É preciso partir para que o lugar receba os novos habitantes. Sem as “partidas” como caberiam? Então é preciso apressar-se. Eis que, a qualquer momento, sem mais prévio aviso, a Senhora das Vestes Alvacentas tocará a campainha. Dignidade neste momento sublime. Coragem e confiança nos posteriores. Vinte e quatro horas depois a calmaria instala-se. É como se nada houvesse acontecido. Resta: a lembrança!
Que mundo! Que vida!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

CONTOS OBLÍQUOS


CONTOS OBLÍQUOS
ERNANDES ALMEIDA


O livro “Contos Oblíquos”, da minha autoria, tem a pretensão de fazer o leitor pensar sobre a irrealidade da realidade no contexto do paroxismo da vida.
São vinte contos que exploram a surpresa do ser e o enigma da verdade absoluta: Até onde sou o que penso ser?!
Na imagem ao lado, retirada do site “fotosearch”, vemos um homem sentado sobre os trilhos da ferrovia que ligava a Europa ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. A Ferrovia da Morte.
Dá para imaginar sobre o que pensa o homem sentado sobre os trilhos. Os trilhos são os mesmos de 1944. O céu é o mesmo. O Deus daquele tempo é o de hoje. O ar gelado que golpeia a planície polonesa e congela os dormentes surge da boca do mesmo dragão que sempre assombrou os judeus no antepassado, no passado e na atualidade. Mas o homem apenas imagina a profundidade da ferida, não tem condições de sofrê-la. Assim é o meu livro “Contos Oblíquos”.
Sem condições de sofrer a ferida da dor do outro fui colocando em cada conto um ponto de cicatrização. Um ponto único porque nada sei sobre a extensão e profundidade da ferida.
A dor do outro!
Contudo, não só de dor se faz o outro. Alegrias existem e vão-se desfiando nas 220 páginas do livro, entre pontos de interrogação que se assustam com os de exclamação. Estes mais imponentes e desafiadores. Exibem-se, de cabeça para baixo, desafiadores.
O universo é o mesmo de sempre desde quando o homem inventou as datas. É preciso contar suas histórias. Faço minha parte.
“Contos Oblíquos”, à sua disposição.
Fortaleza, Ceará, 18 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

AO INFINITO

UM LIVRO PRONTO À PROCURA DE UMA EDITORA

Concluí, nesta sexta feira, 15 de maio de 2009, o meu primeiro romance: O SERVO, cuja capa, imaginada por mim,
traz o quadro de Jusepe de Ribera: "Allegory of Touch", exposto no Museu do Prado de Madri.

É um romance com 450 páginas divididas em 100 capítulos. Conta a história de uma criatura "não-criada", presa num espelho, capaz de satisfazer todos os desejos de quem, por acidente ou intencionalmente, nesse espelho se olhar. O "ser-do-espelho" só exige em troca uma coisa simples: que o espelho lhe seja devolvido dentro de 30 dias, caso contrário...

A história é uma ficção, mas os dados são científicos e facilmente comprováveis. Os fenômenos sustentam-se na Cabala e na Bíblia. Ambienta-se no Rio de Janeiro de 1950 a 2005, mas sua verdadeira história se passa em Praga, capital da ex Tchecoslováquia e depois viaja por Londres e Jerusalém.

Do ponto de vista espiritual o livro enfoca a viagem mística do "ser criança" para o "ser adulto", carregando no seu bojo toda a gama de "descobertas" e, contraditoriamente, toda uma variedade de "mistérios" até hoje insolúveis.

A figura do Turco construindo o seu boneco é perfeita para representar a história contada em "O Servo" porque imediatamente, ao olhar melhor para o quadro nos vem a idéia de que tão logo o boneco esteja pronto o Turco soprar-lhe-á o sopro da vida, que é uma das mais interessantes passagens do capítulo 55.

Do ponto de vista emocional fiz o livro pensando na melhor resposta à seguinte pergunta: "Mestre, qual o seu desejo?" As respostas que se seguem nas 450 páginas dão conta de que a felicidade pessoal nem sempre é a melhor satisfação para quem vive num pequeno planeta a 150 milhões de quilômetros da sua principal fonte de luz e calor.
Pois é, o livro está pronto. Editoras, habilitem-se!