segunda-feira, 18 de maio de 2009

CONTOS OBLÍQUOS


CONTOS OBLÍQUOS
ERNANDES ALMEIDA


O livro “Contos Oblíquos”, da minha autoria, tem a pretensão de fazer o leitor pensar sobre a irrealidade da realidade no contexto do paroxismo da vida.
São vinte contos que exploram a surpresa do ser e o enigma da verdade absoluta: Até onde sou o que penso ser?!
Na imagem ao lado, retirada do site “fotosearch”, vemos um homem sentado sobre os trilhos da ferrovia que ligava a Europa ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. A Ferrovia da Morte.
Dá para imaginar sobre o que pensa o homem sentado sobre os trilhos. Os trilhos são os mesmos de 1944. O céu é o mesmo. O Deus daquele tempo é o de hoje. O ar gelado que golpeia a planície polonesa e congela os dormentes surge da boca do mesmo dragão que sempre assombrou os judeus no antepassado, no passado e na atualidade. Mas o homem apenas imagina a profundidade da ferida, não tem condições de sofrê-la. Assim é o meu livro “Contos Oblíquos”.
Sem condições de sofrer a ferida da dor do outro fui colocando em cada conto um ponto de cicatrização. Um ponto único porque nada sei sobre a extensão e profundidade da ferida.
A dor do outro!
Contudo, não só de dor se faz o outro. Alegrias existem e vão-se desfiando nas 220 páginas do livro, entre pontos de interrogação que se assustam com os de exclamação. Estes mais imponentes e desafiadores. Exibem-se, de cabeça para baixo, desafiadores.
O universo é o mesmo de sempre desde quando o homem inventou as datas. É preciso contar suas histórias. Faço minha parte.
“Contos Oblíquos”, à sua disposição.
Fortaleza, Ceará, 18 de maio de 2009

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